sábado, 19 de junho de 2010

Três categoria de sonhos ...Zohar

“Na cabala, segundo Zev Ben Shimon Halevy, os sonhos são repartidos em três categorias. A primeira diz respeito aos acontecimentos imediatos, ligados à tríade de Yessod, o lugar do ego, que trazem aos sonhos os momentos relativos às atividades mundanas. O segundo se focaliza em Tiferet, o lugar do Superego. Aí, as inquietudes da alma são levadas do inconsciente e projetadas na tela do Yessod durante o sonho, a fim de que a atenção do ego seja despertada para estes problemas. A terceira categoria de sonhos no seio da cabala é chamada ‘profética’. Segundo a tradição, a alma, durante o sono, está livre de viajar no mundo da formação; este gênero de viagem se aparenta à viagem astral. Diz-se que aqueles que atingiram um desenvolvimento espiritual suficiente são então capazes de elevar-se até Yetzirah e, de lá, para Briah, lugar onde a alma está em contacto com o Espíem contacto com o Espa estm um desenvolvimento espiritual suficiente sivos rito, ou Ruach haKodesh, que pode lhe fornecer visões proféticas, por meio dos sonhos.”

“O mês de Kislev é considerado pelos sábios da cabala como o mês dos sonhos por excelência. Este mês é o nono mês judeu e, no peitoral do cohen hagadol, a nona pedra era a ametista ou “achlamah”; ora, segundo Radak, podemos aproximar esta palavra de “chalam”, sonho; e, seu Livro das Raízes Hebraicas ele nos diz a este propósito, ‘aquele que usa uma ametista em seu dedo, sem dúvida terá sonhos”.

“Da raiz ‘chalam’ vem também a palavra ‘hachlamah’, que significa saúde em geral (física e mental). Segundo alguns, a emergência de um sonho na alma é similar ao fenômeno de uma pessoa enferma , que sua e que, suando, se desembaraça dos humores ruins.

A este respeito, o Bahir (40) nos diz: “Seus discípulos lhe perguntaram: que significa o ponto vogal holem? Ele lhes respondeu: É a alma e seu nome é holem (sonhador); si você lhe obedece, você curará seu corpo no tempo futuro: Mas si você se revolta contra ela, cairá enfermo e ela também”. Aqui, remarcamos que a palavra ‘holem’ que serve para designar o ponto vogal ‘o’ é aparentada com a palavra hachlamah que designa cura, assim como vimos. As três palavras ‘holem, hachlamah e chalam (sonho) derivam da mesma raiz. Na edição do Bahir de Gottfarstein, podemos ler em nota: “É curioso observar que a palavra Halon, que significa janela, está igualmente relacionada à noção de abertura, abertura para o interior do ser, ou para o que é exterior. Nos dois casos, o espaço humano ganha em profundidade e em altura”.

O Bahir (41) continua assim: “E se diz ainda: Cada sonho está na área do holem, assim como qualquer pérola branca procede de veahlamah” (Êxodo 28-19).


“Na Bíblia, quem conhece a interpretação dos sonhos é Yossef haTzadik, que quem cura as almas (e quando a alma é sã, o corpo também). Yossef “escuta um sonho a fim de interpreta-lo” (Gênese 40-15, ele compreende a luz íntima, a dimensão da alma do sonhador que lhe conta seu sonho e, assim, ele sabe como interpretar o seu sonho.


“O mês de kislev termina com a festa de chanukah e o vínculo entre os sonhos e chanukah é mostrado claramente na Torah Or de Rabbi Schneur Zalman de Lyadi. Neste livro, o vínculo é estabelecido entre o Salmo 126 “seremos como sonhadores” e o 25 kislev que marca chanukah. O azeite da chanukah é “o azeite para a luz”, a fonte de luz que revelará o Messias. O vaso de azeite puro é o segredo da revelação da fonte divina dos sonhos, manifestações da essência de D-eus, o nível em que os paradoxos são suspensos e onde os opostos são unidos. O Targum traduz “éramos sonhadores”, “estávamos doentes e fomos curados”. O sonho do exílio, vivido nesta vida, é o aspecto da doença que será curada pelo Messias, pelo sonho da redenção. “Éramos sonhadores” (hayinu k’cholmim) começam pelas letras Kaf e Hey (25 – valor numérico), que fazem alusão ao 25º dia de kislev, começo da festa de chanukah, que dura 8 dias. Oito (que tem a mesma raiz que óleo, “shmone”, “shemen”) é o número do Messias, pois sua lira comporta oito cordas, fazendo o paralelo com os oito dias de chanukah. Oito é o segredo de “az” (então).”


Prece a ser dita por aqueles que não se lembram dos sonhos, segundo o tratado Berachot.


“Senhor do Universo! Pertenço a Ti e meus sonhos são Teus; um sonho que sonhei, mas que não sei o significado… si é um sonho bom, reforce-o e lhe dê força, que ele se realize como os sonhos de Yossef; mas si ele deve ser corrigido, cure-o como as águas de Marah foram curadas pelas mãos de Moisés, nosso mestre, como Myriam foi curada da lepra, como Ezequias foi curado da sua doença, e como as águas de Jericó foram suavizadas pelas mãos de Elias. E como Você, Você transformará a maldição dos malditos de Balam em uma benção, faça, assim, boas coisas com os meus sonhos.” (meditações do ‘Ribono Shel Olam’).”

 



















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